FLOR EXILADA

FLOR EXILADA

Se em teu encanto sem reservas cativas

Ungindo francamente a intenção do amor

Eis que prostrado encanta-se o amante

Líbero escravo, ávido navegante

Iludido nos grilhões, pobre sonhador...

Que doce idílio em teu canto ativas?

Neste mar de prazer; que sereia és tu?

Que ao amor convertes habilmente

E à paixão seduzes, atilada, irresistível

O incauto ser que se entrega nu - a ti

Na delicada beleza espontânea e viva

A sensualidade que à mulher agrega valor

Anima e fascina, com alegre sedução

A quem, de ti, é modesto admirador...

A quem, de ti, não é merecedor!

A ti, sublime e exilada flor mineira

Dá-se, enamorado o poeta em rendição

Pretenso lírico farol de tua solidão!

Leopoldina, MG.

Balzac José Antônio Gama de Souza
Enviado por Balzac José Antônio Gama de Souza em 29/12/2006
Reeditado em 08/09/2008
Código do texto: T331117