AMOR PLATÔNICO
És agora a estrela que não vejo
És o brilho infinito, mas obcuro
És mas não és o meu desejo
Busco, mas não buscas o meu ser
Quero, mas não me queres.
O que és afinal?
Um pássaro do qual
Não se ouve o canto,
Um rio que corre em silêncio,
Uma paixão ardente
Que me corrói, me arde
Mas, não se sente
(Talvez porque estás ausente)...
Ou seria que és simplesmente
O meu buscar
O meu querer
Ou ainda e apenas
O meu amor platônico?
Poema incluso no livro Segredos da solidão, pág. 62.
Escrito em Salvador/BA, 27 de agosto de 1999.