Seu moço
Seu moço, tenha piedade de mim
Seus olhos arrancam minha roupa
numa violência espartana
Sua boca me chama
sem esperar resposta, deixa a língua invadir
Me deixa sem ar, me sufoca, me engole
Me prende nos seus braços como se não houvesse o amanhã
Entre palavras sussurradas e bocas nevosas
vivemos nossos dias de amantes
Amantes que se amam ali, não no depois
Seu moço, a luz que te brilha pra mim
me fascina
Sua alma fora do corpo me enfeitiça
Cuidado, seu moço
assim você me ganha
facinho facinho