SÓ PARA ME VER PASSAR...

Não sei que nome vou dar

a este poema que faço,

dedico ao homem do bar,

caminho que sempre passo.

Lá está ele, numa mesa

bem proxima da calçada,

no lugar por onde passo,

como se não visse nada.

Ele me olha e disfarça

fazendo que não me vê,

eu passo discretamente

mas vejo sem querer ver...

Vejo que há algo no olhar

do discreto admirador.

Como é bom paquerar

seja no bar ou onde for!

Sempre que vou caminhar

Lá está ele, em seu lugar,

ja deu prá saber que vai,

só para me ver passar...