Coração de pedra

Foi neste trapo de chão

Que plantei minha quimera

Agora é só recordação

E dele nada mais se espera

Foram tempos de dedicação

De sol a sol como pudera

Calos perfeitos em cada mão

E a esperança, urrava como fera.

Terreno que dantes fora fértil

Hoje não há o que carpir

Um solo vencido e inútil

Desfeito por magoas do existir

Coração rancoroso e fútil

Pobre terra só noite dela pode sair.

Enide Santos 11.01.17