Desnuda a sua alma.

Entregue-se para a vida.

Sem suas vestes,

Sem suas vergonhas,

Sem suas mentiras.

Cada dia tem um gosto

E cada lágrima lava o olhar

Que descreve o som do paraíso

Sua côr,

Sua dôr,

Entra pelos olhos.

Sorvendo cada pétala de sua flor.

Com a sede do deserto;

O sonho teu sonho

Com a mesma cumplicidade;

Aquela que existe entre o espinho e a rosa.

Perto demais machuca,

Porém longe o perfume traz saudade.

Bem mais do que palavras benditas,

Ausências infinitas.

Uma sombra profunda,

Quente como teus braços,

Molhados beijos,

Insensatos desejos,

Amornados latentes insuperados;

Por quais o pulso ainda ultraja,,

Despedaça

E convida ao tinto vinho.

Entregando inebriado,

O corpo cansado

De uma espera infinda.

A alma,

Que você tanto esconde,

Teu pranto responde.

Longe.

Mas de um jeito que somente eu escuto.

Mesmo quando nada dizes...