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Todo o desejo evoca em dor

E o segredo se perdeu da cor

Por que momentos não fazem vida

Mas tempos temos todos de ser

De continuar caminhos

Carregando sentimentos infindos

Por viveres indistintos

Mas completos de buscar o amor.

Assim tua beleza descolore

O quadro doce da tua lida

Feito em desprendimentos

Por dizeres e quereres incertos

Porquanto descobertos

Na rudeza de um cobertor

Não cabe agora mais ainda

Voltar de onde nunca esteve

Nem tampouco cobrar esperança

Sem mesmo mostrar tua cor

Nas sombras acinzentasse teu ser

Fazendo indistinta paisagem

Por fim colheu desidéria mensagem

Do campo que plantastes vai colher.

Mas deixou profunda semente

Que com carinho germinará docemente

Transmutada em bem querer.

Somente assim eu sei ser.