Fuga.

Não sei dos teus olhos

Se te envergonham

Ou simplesmente te espero

Vejo no teu olhar uma vontade

Grande igual ao medo

A ao peso de se entregar

E nunca mais poder partir

Teu segredos

Impedem a tua entrega

Então sei que quando parto

Te repreendes arrependida

Por negar novamente a boca

Que vai saciar minha sede

Que vai abrir tua prisão

A mesma da que tens medo

De entrar pela porta que abrir

Do teu lado nãosou anjo

Não ou nem a perdição

Mas sou teu querer mais forte

Nesse escuro querer

Recorres sempre a lua

Que má conselheira

Não é resposta nem promessa

É simplesmente testemunha

De tua chuva de desejos.

Eu querendo te possuir

Você desejando fugir.

Sabendo que não vai ser sempre assim.