PERPLEXIDADE

Cobres tua boca com ficção,

finges que é tempestade,

insano furacão que apaga os gestos

do beijo, do sexo, da felicidade.

Agora que surge o motim,

assistes calado, em tropeços,

verdades que são ditas inteiras,

abertas, sem fins nem começos?

Fico a pensar na felicidade,

seu todo, seu tudo e seu tão.

Penso, penso e sempre me perco,

tentando encontrar o meu chão.

31/04/2007