Dois Inteiros

Sou o que queres que eu seja,

Desde que fiel se ofereça

submerso em minha nudez.

Talvez de ti, jamais cessa

Nesta incontida seresta

A alma nunca pereça

Em flamejante luar em fulgor.

Sou parte do que mais desejas

Sou cartas limpas na mesa

Sou mulher em larga mandala

Sorvendo-te por inteiro

Socorro em golpe certeiro

Sugando todo teu cheiro

De homem cheio de amor.

Sou isso e sou muito mais

Somos estrelas douradas iguais

Em águas azuis a mergulhar

Sem jamais suprir teu amor

Plangente e singular poeta

pedaço de ti florescida

Crescida em brilho e fulgor.

C M

16/12/2021

Célia Matos
Enviado por Célia Matos em 16/12/2021
Código do texto: T7408472
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