Deforme
Lagrimas silenciosas molham meu rosto de papel
Desfigurando-o e mostrando a verdade do que não é real.
Correndo tal rosto frígido, pálido e impassível
Traz-se a tona a amargura de tão disforme ser
Traz-se a tona aquilo que tentei esconder.
Dei-te flores de papel tão amargas quanto eu
E meu declive ao romantismo ? Fiz dele caixão
Para morrer dele meus lábios sem mais nada dizer
Para afogar-me nas minhas insípidas lagrimas
E retorcer meus pensamentos obscuros.
E sem dar-me conta no furor de minha melancolia
Fiz frívolo o resto de meus sentimentos
Tornando-me oco, vazio, amargurado e apático
Tornando-me o que hoje sou e deixo transparecer.
Através das lagrimas silenciosas molham meu rosto de papel
Desfigurando-o e mostrando a verdade do que não é real.
Correndo tal rosto frígido, pálido e impassível
Se trouxe a tona a amargura de tão disforme ser