Ao poeta que me habita

Ah, poeta,

Se nossas almas se encontrassem um dia,

antes do sol se por

Parafraseando Florbela: "as horas dos mágicos cansaços"

Não existiria saudade e espaço

pra abrigar tantos desencantos.

E quanto bem eu te faria!

A luz da lua entoaria um canto de amor

de suave poesia, qual a vida de uma flor...

meus beijos seriam o unguento pra sarar a dor que agora sentes

E seríamos um!

Ah, poeta!

meus simples desejos são tecidos com linha de ventos que se perdem.

O tempo é um rio que brinca de correr

E sua fonte sem margem, sem sombra

nunca se esgota

E corre através dos dias

levando embora meus sonhos,

os beijos que imaginei tão doces...

E,na poeira da estrada viram pétalas de saudades

que eu vou recolhendo, guardando e lamentando

as tardes que não mudam.

Tardes sempre tristes,

onde, a dor da solidão resiste,

resiste, resiste...

meu poeta!

Marisa Rosa
Enviado por Marisa Rosa em 13/01/2008
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