Sem Titulo
Já não há cores em minha música
Já não há melodia em meus quadros
Mas ainda é minha aquela maneira rústica
De te envolver, de te ninar nos meus braços
Ainda é minha aquela rosa vermelha
Aquela que com cuidado pus no teu cabelo
Ainda é minha aquela foto no espelho
Ainda é tua esta carta que beijo
Mas fores guardada em madeira
E lacrada com beijos de terra escura
E este velho amante que a te espreita
Morre de dor, morre frio em amargura
Pois a ti me destinou o cupido
Pois é teu tudo que há em mim
Pois sem você sou livro sem título
Sou livro inútil, inútil sou por fim.