Sem Titulo

Já não há cores em minha música

Já não há melodia em meus quadros

Mas ainda é minha aquela maneira rústica

De te envolver, de te ninar nos meus braços

Ainda é minha aquela rosa vermelha

Aquela que com cuidado pus no teu cabelo

Ainda é minha aquela foto no espelho

Ainda é tua esta carta que beijo

Mas fores guardada em madeira

E lacrada com beijos de terra escura

E este velho amante que a te espreita

Morre de dor, morre frio em amargura

Pois a ti me destinou o cupido

Pois é teu tudo que há em mim

Pois sem você sou livro sem título

Sou livro inútil, inútil sou por fim.

Santiago Belmont
Enviado por Santiago Belmont em 28/02/2008
Código do texto: T880078