Como colibrís

Olho para a eternidade
verdade que não tem fim
ruim apenas pela saudade
idade que não trago em mim.
Sou apenas uma lembrança
esperança de viver assim
bonfim de minha santa fé
é aquilo que busco como um fim.

As palavras em meu peito ecoam
soam como colibris
libris que molham a madrugada
toadas por vezes tão sutis.

Quando gargalho contente
insistente em meu refrão
canção de tantos amores
temores nem sempre ruins.

São emoções tão profundas
confusas de meu bem querer
ser sempre além do que sou
dou de minha flor de lis.

Nos cantos de minha vida
ida por caminhos sutis
cútis de cor vermelha
centelha como colibris.