A SAGA DO MEU POVO
Hoje me lembro dos tempos de outrora
Quando vivia contemplando o Velho Chico
Subindo e descendo em suas margens
Orando a São João Batista em seu nicho.
Estivesse em qualquer porto
De todos, havia algo a contemplar
Desde a “caída” da aldeia e da igreja
Tudo me enchia os olhos a me orgulhar.
Fosse a visão da roda d’água
Ou o desejo de “adentrar” a Ilha da Porta
Fosse a vista encantadora do Serrote...
Tudo o que mais me importa.
Sentidos verdadeiros da vida...
O agricultor saindo cedinho com destino às ilhas
O pescador lançando ao rio redes de esperança
Garimpando o pão que alimenta filhos e filhas.
Também é impossível não lembrar
Das lavadeiras em sua labuta
Batalhando de sol a sol...
Fazendo sua história de luta.
Valeu a pena ter persistido
Para testemunhar a saga do meu povo
Embora a saudade me atormente...
Mas convicto estou de que é preciso viver o novo.
Rodelas/BA, 01/08/2012.
Prof. Generino Gabriel
Obs.: Poema escrito em homenagem à minha terra natal, Rodelas, que, em 31/07/2012, completou 50 anos de Emancipação Política.