Seis lustros sem Maria Callas
'Ce qu’il nous faut pleurer sur ta tombe hâtive,
Ce n’est pas l’art divin, ni ses savants secrets:
Quelque autre étudiera cet art que tu créais;
C’est ton âme, Ninette, et ta grandeur naïve,
C’est cette voix du coeur qui seule au coeur arrive,
Que nul autre, après toi, ne nous rendra jamais.'
“À la Malibran” (1836), de Alfred de Musset
Há seis lustros nos deixaste
(Foi contigo a tua voz),
Mas os discos que gravaste
São consolo a todos nós.
Ao Bel Canto tu trouxeste
Nova vida, nova glória.
Tal presente que nos deste
Certamente entrou p’r’a História.
Tu, Divina, és magnífica,
Deusa augusta sem rivais.
Com tua voz mais que específica
Cada dia encantas mais.
Não morreste de verdade,
Pois jamais tu morrerás.
E no cor da Humanidade
Para sempre viverás!
Itatiba, 16 de Março de 2007