Os olhos vêem o nada
No desenhar da primavera
O orvalho da manhã
beija-me com a delicadeza
de um colibri.
Uma lembrança longínqua
Dilacera-me a alma.
É a presença
da tua ausência...
A solidão persegue
E o vazio cresce
Meus pensamentos vagam soltos...
O quarto é frio
e nada mais importa.
A porta silencia uma mudez indiferente
Esperam o nada
Na indefinição do meu quarto,
lembranças apenas conversam
Sem dizer palavras
a noite se fechou pra mim!
isbn:978-85-7576-137-3