HOMENAGEM – ACENO
 
                                                                                                          Nilton Silva
                                                                                                          Cadeira nº.6 – Quadro II
 
Abro a janela, passa a carruagem.
Beira do rio, flor na correnteza.
De longe vem o sol, sinto a beleza
De tua mão que acena da outra margem.
 
Sobe a poeira e ao tropel da viagem,
Meio-dia, visita-me a certeza
Que não és livre, segues antes presa
Por algemas febris, ainda a mensagem
 
De tua alma esparzida na paisagem.
Sombras de nuvens – desce a tarde clara
Vagam no ar, adejam, se desfazem.
 
Águas e pedras cantam, de passagem
Um rio apenas nos destina e nos separa
E a tua mão acena da outra margem.
 
Lidia Albuquerque
Enviado por Lidia Albuquerque em 05/04/2010
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