HOMENAGEM – ACENO
Nilton Silva
Cadeira nº.6 – Quadro II
Abro a janela, passa a carruagem.
Beira do rio, flor na correnteza.
De longe vem o sol, sinto a beleza
De tua mão que acena da outra margem.
Sobe a poeira e ao tropel da viagem,
Meio-dia, visita-me a certeza
Que não és livre, segues antes presa
Por algemas febris, ainda a mensagem
De tua alma esparzida na paisagem.
Sombras de nuvens – desce a tarde clara
Vagam no ar, adejam, se desfazem.
Águas e pedras cantam, de passagem
Um rio apenas nos destina e nos separa
E a tua mão acena da outra margem.
Nilton Silva
Cadeira nº.6 – Quadro II
Abro a janela, passa a carruagem.
Beira do rio, flor na correnteza.
De longe vem o sol, sinto a beleza
De tua mão que acena da outra margem.
Sobe a poeira e ao tropel da viagem,
Meio-dia, visita-me a certeza
Que não és livre, segues antes presa
Por algemas febris, ainda a mensagem
De tua alma esparzida na paisagem.
Sombras de nuvens – desce a tarde clara
Vagam no ar, adejam, se desfazem.
Águas e pedras cantam, de passagem
Um rio apenas nos destina e nos separa
E a tua mão acena da outra margem.