Saudade de Mãe.


Sentada, mãos postas,
Sulcos profundos na face, claras águas correntes,
Rios lavam dores, marcas, lágrimas retidas, engolidas?
Tão frequentemente.

Oh! Mares do sul,
recebe as líquidas horas vertidas
Em profusão de bens
materializados,
Abençoados de esforço e aceitação.

Mãos de leveza impregnadas,
pernas relaxadas, olhos cabisbaixos,
Cansados, sorriso aberto, delicado
Razão posta no coração....
E as águas do rio jorram
fino fio de sangue,
convertido,
mais do que sentido,
tornado razão.

Sentada, mãos postas,
verte o coração...