ESMAECIDA


Foste como a flor do vale
Que adormeceu com a tempestade
E o vento levou para longe
Nenhuma lágrima, só as pálpebras adormecidas

Foste como a flor do vale
Em noite de tempestade, com preguiça
Porque já era noite não acordou
Continuou dormindo

Foste como a flor do vale
Que açoitada pelo vento da madrugada
Foi para bem longe
Ainda agonizava
Olhos cerrados pelo frio que passou.

Deixou a vida, o tédio e adormeceu
Ao pressentir de longe a tempestade
Fechou os olhos e dormiu
Dormiu
Com o nascer do sol.

 

 

       (Retirado da obra "Reminiscências Mornas" da editora Ágora da Ilha. 2002)

Lidia Albuquerque
Enviado por Lidia Albuquerque em 12/03/2007
Reeditado em 25/11/2008
Código do texto: T409803
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