SAUDADES DE POA
Um dia volto a POA
P’ra poder filosofar
Porque tudo aqui é mar,
Céu azul em João Pessoa
A água morna caçoa
Da minha filosofia
É sol quente, alegria,
Pôr do sol no Jacaré
É Ravel e é Zabé...
Cadê minha noite fria?
Preciso beber Quintana
Sorver Verissimamente
Cá um cantador dolente
Num improviso bacana
Canta pássaros, boana,
Mas meu Guaíba, cadê?!
Versos nos ônibus lê
Preciso, ó Beira-Rio!
De sentir no corpo o frio
E muito mais cuia vê!...
Sander Lee