Chuva

A chuva que cai lá fora

molha aqui dentro o meu coração

leva a amargura embora

e vai dando-me nova emoção

Molha esse coração sofredor

que luta para sobreviver

a perda de um grande amoir

que queria para sempre viver

Que ainda carrega a esperança

de um dia reencontrar

a sua metade ainda criança

razão única que ainda o faz pulsar

Molha-me chuva, sem cessar

umedece meu peito dolorido

quem sabe essa dor vai passar

na hora que secar o meu peito umedecido

Quem sabe doente eu esqueça

e na febre quando eu delirar

de ti eu me convaleça

e pare de te desejar

Chuva que chora gota pesada

trazes-me a saudade de quem partiu

deixando aqui triste essa apaixonada

que o seu coraçãozinho feriu

Estou como tua umidade no ar

turva, gélida e embaçada

como as núvens com seu pranto a largar

também largo a minha lágrima sufocada

Ouço tua queda ao chão

e vejo no solo o teu deitar

e está assim o meu coração

no coração dele querendo se esparramar

Quem sabe ele também esteja

olhando o teu cair

e como eu ele perceba

que não podemos mais fugir

Quem sabe ele descubra

que me ama loucamente

e que no seu coração surja

a figura dessa louca adolescente.

milizinha
Enviado por milizinha em 08/05/2007
Reeditado em 20/05/2011
Código do texto: T479139
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