Butterflies
Ainda tento entender se foi sonho ou se foi real.
Os sonhos são fotográficos, não tem cheiro, nem toque, nem tato.
A paisagem era surreal, uma árvore sem vida fazia companhia a uma dama de vermelho.
O mar azul ao fundo dançava junto com seus cabelos.
E o sol ia se despedindo confiando a sua luz aos olhos dela.
Seus cabelos eram como águas escuras de uma grande cachoeira.
Seus olhos eram como a luz penetrante do sol e o sorriso mais marcante que o de Monalisa.
Não deveria ter permitido que o som da sua voz penetrasse meus ouvidos.
Como borboletas as lembranças voam em minha cabeça e fujo da sanidade.
Suas emoções eclodiam alucinadas, desalinhadas sem direção.
Mesmo extasiada de prazer, mesmo mergulhada em felicidades as lágrimas rolavam freneticamente em seu rosto, não era dor, era amor.
Mesmo envolta de tanta inocência e aparentando estar dominada pela fragilidade,
Ela tinha em sua companhia seu fiel escudeiro de codinome Winchester.
Tento esquecer seu cheiro, tento esquecer seu calor, tendo me livrar da sua voz.
As lembranças me acordam como um pequeno sino que suave e delicado toca em meu ouvido.
Queria tocá-lo, senti-lo e buscar o caminho de volta para meu sonho real.
Persisto em achar o caminho de volta, contento-me com a sensação causada pelas borboletas que ela me deixou.