Lutar ou Morrer

Que ironia hilária são as belas curvas da nossa vida,

As pessoas que conhecemos hoje se vão no outro dia,

Os sonhos sonhados ontem tornam-se paixão proibida,

Os beijos e carícias tornam-se em goles de agonia.

Nas batalhas medievais os valentes sempre venciam.

Hoje nada muda, se não fores corajoso ficas sem companhia,

Se não escolhes as armas certas as dores te dominam.

E só resta cobrir o rosto com a vergonha que te guia.

As dores do peito de um homem ninguém entende,

Todas as amarguras estão no seu peito e as sente corroé-lo,

Grita para que te ouçam mas cai sobre o braço que se estende,

Esquece como era belo e refugia-se no beco do medo.

Os heróis não saem da televisão, isso seria um sonho.

A coragem às vezes se oculta havendo a necessidade de excitá-la,

A espada é pesada e não há quem ajude, nem um estranho.

O inimigo se aproxima e o herói não aparece para a batalha.

Mas como obrigá-lo? A batalha é tua, enfrente-a! Disse alguém.

Tenho medo! Disse eu. Amanhã lutarei e mostrarei minha força.

O amanhã foi tarde demais e a dama fugiu para o além.

Só me restou a solidão e por conseqüência do medo. A forca.

Michel Leal
Enviado por Michel Leal em 31/03/2008
Reeditado em 19/02/2016
Código do texto: T924885
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