Suavidade
No silêncio!
Havia um quê de suavidade
No ambiente
O leve ronco do trovão
O cantar dos grilos
O respirar dos cachorros no canil
O barulho das asas dos pássaros
Até uma gota d’água
Que restou da breve chuva
Caía suavemente
O cata-vento com seu barulho
característico
Apesar do silêncio não havia paz
naquele lugar
O ar parecia abafado e triste
como se a própria natureza
se sentisse mal
Aquietei-me
Observei a natureza, que parecia
queixar-se da frieza dos corações
ali existentes
Só silêncio...
Apesar dos pesares.
Retirado do livro: “Reminiscências mornas”