Drama de uma poetisa

As palavras não querem fluir...

Os dedos não querem escrever...

Para onde foi minha inspiração?

Não sei mais escrever?

Escrevo poemas porque?

Poema não é sentimento?

Eu não tenha mais sentimento?

Ora, para onde foi minha sentimentalidade?

Onde estão as palavras de amor, paixões, carinho... Amizade?

Ah meu Deus, será?

Será?

Será que é o fim dos meus sentimentos?

De tanto sofrer e chorar será que os perdi?

Porque escolher palavras?

Para que, se é tão magnífico dizer:

EU TE AMO?

Acho que são as incertezas

Ah claro são elas... Incertezas...

O que viste fazer por aqui?

Lembrar-me da insegurança deste mundo?

Ou lembrar-me de que qualquer passo em falso,

Qualquer ponto no “i” errado,

Pode destruir tudo de bom e correto que já criei?

Ah Maldita!!

Deixa-me tão incerta a ponto de não saber nem o que sinto...

Traz-me medo... Medo rude, medo opressor, um medo...

Aquele medo!!

O que vou fazer?

O que vou escrever?

Apenas isto:

I stante

N egativo

C oncretizado

E nquanto regamos o

T emor e

E squecemos

Z zzz o significado do

A mor verdadeiro

Leila Barreto
Enviado por Leila Barreto em 23/06/2006
Código do texto: T180626