Drama de uma poetisa
As palavras não querem fluir...
Os dedos não querem escrever...
Para onde foi minha inspiração?
Não sei mais escrever?
Escrevo poemas porque?
Poema não é sentimento?
Eu não tenha mais sentimento?
Ora, para onde foi minha sentimentalidade?
Onde estão as palavras de amor, paixões, carinho... Amizade?
Ah meu Deus, será?
Será?
Será que é o fim dos meus sentimentos?
De tanto sofrer e chorar será que os perdi?
Porque escolher palavras?
Para que, se é tão magnífico dizer:
EU TE AMO?
Acho que são as incertezas
Ah claro são elas... Incertezas...
O que viste fazer por aqui?
Lembrar-me da insegurança deste mundo?
Ou lembrar-me de que qualquer passo em falso,
Qualquer ponto no “i” errado,
Pode destruir tudo de bom e correto que já criei?
Ah Maldita!!
Deixa-me tão incerta a ponto de não saber nem o que sinto...
Traz-me medo... Medo rude, medo opressor, um medo...
Aquele medo!!
O que vou fazer?
O que vou escrever?
Apenas isto:
I stante
N egativo
C oncretizado
E nquanto regamos o
T emor e
E squecemos
Z zzz o significado do
A mor verdadeiro