Manuscrito em sangue
Rio carmim que escorre do pulso
Tinjo a pena no liquido escarlate e escrevo
Versos que tristes evocam a nostalgia equivocada
De distantes lugares onde nunca estive livre
A Dor sempre renasce ao fitar o horizonte
Paisagem crepuscular em que me vejo refletido
Imagem despedaçada de narciso afogado
Ritos sublimes em plena decadência
Talvez como uma fênix condenada à velhice
Sem se banhar em fogo e ergue-se das cinzas
Contemplo minha patética face em pranto
A Dor faz de mim sua eterna morada
Preso em mim o sonho mutilado pelas as eras
E assim floresce o absurdo manuscrito em sangue.