Manuscrito em sangue

Rio carmim que escorre do pulso

Tinjo a pena no liquido escarlate e escrevo

Versos que tristes evocam a nostalgia equivocada

De distantes lugares onde nunca estive livre

A Dor sempre renasce ao fitar o horizonte

Paisagem crepuscular em que me vejo refletido

Imagem despedaçada de narciso afogado

Ritos sublimes em plena decadência

Talvez como uma fênix condenada à velhice

Sem se banhar em fogo e ergue-se das cinzas

Contemplo minha patética face em pranto

A Dor faz de mim sua eterna morada

Preso em mim o sonho mutilado pelas as eras

E assim floresce o absurdo manuscrito em sangue.

Chronos Sigdhara
Enviado por Chronos Sigdhara em 19/08/2006
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