Cadeira de Cinema Vazia
Lágrimas rolaram quando me dei conta
Que estava sozinha.
Olhei para o lado e nada tinha
Ninguém ocupava o espaço vazio.
Casais sorridentes se abraçavam,
Enquanto eu acompanhava o nada.
A solidão estava ali, e não estava sozinha.
A tristeza dividia com ela a cadeira.
A cadeira que era pra você estar sentada,
De braços dados comigo,
Como fazíamos em todas as idas ao cinema.
Como fazíamos todos os dias.
E agora, cadê você?
Divide o braço com outra.
A sua cadeira do cinema está ocupada.
Outra senta em meu lugar.
E agora, que faço?
Procuro por uma cadeira nova ou
Nunca mais vou ao cinema?
De que adianta perguntar, se você não se importa?
Triste é olhar para a cadeira e ver sua imagem ali, a
Sorrir pra mim, mas quando peço o braço...
O seu fantasma não me sorri mais.
Não quero mais ir ao cinema.
Não sei se quero outra cadeira,
Se quero você de volta
Ou se mando demolir a cadeira vazia do cinema.
[A cadeira do cinema ainda está lá, em todas as salas. E ainda está vazia de você.]
[Ó Pai, mande um raio destruir a cadeira vazia de todas as pessoas solitárias, não mais as deixe chorar ao olhar para o lado, e se darem conta do vazio.]