Cadeira de Cinema Vazia

Lágrimas rolaram quando me dei conta

Que estava sozinha.

Olhei para o lado e nada tinha

Ninguém ocupava o espaço vazio.

Casais sorridentes se abraçavam,

Enquanto eu acompanhava o nada.

A solidão estava ali, e não estava sozinha.

A tristeza dividia com ela a cadeira.

A cadeira que era pra você estar sentada,

De braços dados comigo,

Como fazíamos em todas as idas ao cinema.

Como fazíamos todos os dias.

E agora, cadê você?

Divide o braço com outra.

A sua cadeira do cinema está ocupada.

Outra senta em meu lugar.

E agora, que faço?

Procuro por uma cadeira nova ou

Nunca mais vou ao cinema?

De que adianta perguntar, se você não se importa?

Triste é olhar para a cadeira e ver sua imagem ali, a

Sorrir pra mim, mas quando peço o braço...

O seu fantasma não me sorri mais.

Não quero mais ir ao cinema.

Não sei se quero outra cadeira,

Se quero você de volta

Ou se mando demolir a cadeira vazia do cinema.

[A cadeira do cinema ainda está lá, em todas as salas. E ainda está vazia de você.]

[Ó Pai, mande um raio destruir a cadeira vazia de todas as pessoas solitárias, não mais as deixe chorar ao olhar para o lado, e se darem conta do vazio.]

Thamires Heck
Enviado por Thamires Heck em 29/11/2010
Reeditado em 21/06/2011
Código do texto: T2643020
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