Um mecenas da ilusão
Um mecenas da ilusão
Tem sido essa paixão insana pelo desencanto,
Meu último refúgio noturno;
Uma redenção pedante na desolação,
O descaso total pela minha carne fúnebre
Um eterno réquiem poético,
O idílio incansável sobre o desespero.
Que minha frágil nudez
Torne ainda mais podre qualquer vala comum
Pois minha essência orgulhosa,
Ainda que, solitariamente sepultada,
Adentra o nihill, impune e desenganada.
Como comandatária daquela ilusão esquecida:
Liberdade, princípio esperança.
Abandono à barbárie como um eremita civilizado,
Um Espírito Livre confundido com o mulanbento miserável.
Sem lugar na história, é verdade.
Mas com cátedra no esquecimento.
Vinicius Mecenas Hoffnung