Um mecenas da ilusão

Um mecenas da ilusão

Tem sido essa paixão insana pelo desencanto,

Meu último refúgio noturno;

Uma redenção pedante na desolação,

O descaso total pela minha carne fúnebre

Um eterno réquiem poético,

O idílio incansável sobre o desespero.

Que minha frágil nudez

Torne ainda mais podre qualquer vala comum

Pois minha essência orgulhosa,

Ainda que, solitariamente sepultada,

Adentra o nihill, impune e desenganada.

Como comandatária daquela ilusão esquecida:

Liberdade, princípio esperança.

Abandono à barbárie como um eremita civilizado,

Um Espírito Livre confundido com o mulanbento miserável.

Sem lugar na história, é verdade.

Mas com cátedra no esquecimento.

Vinicius Mecenas Hoffnung

Vinicius Mecenas Hoffnung
Enviado por Vinicius Mecenas Hoffnung em 15/10/2006
Código do texto: T265371