Derrota

Foste ontem

Somente a derrota derradeira?

Um embriagar de lágrimas

Um brinde ao vazio

Com sorrisos amarelos

Será que minhas mãos agitavam os guizos?

Então eu era o palhaço perdido

Numa piada enrustida de alegria

No chão eu a reinar supremo

E os vermes se sentiam anjos

Sobre minha cabeça ébria

Uma música desafinada me feria o orgulho

Pintei um sorriso contraverso

Na mascara viva de minha face humilde

Como agradecimento lúdico

Havia aplausos sádicos

A enforcar minha dignidade

Uma luz caia

Mas não me iluminava

O frio fazia caricaturas de minhas tolas palavras

E um vento esperto varia meus bolsos

Minhas mãos tremiam e não obedeciam ao senso

Ah! Porque o tempo não parou...?

Ao espelho que me feria

Minha juras varridas pra baixo do tapete

O mesmo tolo de sempre ao sonhar

Não há como escapar de mim o palhaço que sou......

Chronos Sigdhara
Enviado por Chronos Sigdhara em 26/02/2013
Código do texto: T4161590
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