Derrota
Foste ontem
Somente a derrota derradeira?
Um embriagar de lágrimas
Um brinde ao vazio
Com sorrisos amarelos
Será que minhas mãos agitavam os guizos?
Então eu era o palhaço perdido
Numa piada enrustida de alegria
No chão eu a reinar supremo
E os vermes se sentiam anjos
Sobre minha cabeça ébria
Uma música desafinada me feria o orgulho
Pintei um sorriso contraverso
Na mascara viva de minha face humilde
Como agradecimento lúdico
Havia aplausos sádicos
A enforcar minha dignidade
Uma luz caia
Mas não me iluminava
O frio fazia caricaturas de minhas tolas palavras
E um vento esperto varia meus bolsos
Minhas mãos tremiam e não obedeciam ao senso
Ah! Porque o tempo não parou...?
Ao espelho que me feria
Minha juras varridas pra baixo do tapete
O mesmo tolo de sempre ao sonhar
Não há como escapar de mim o palhaço que sou......