Um sujeito estranho

Um sujeito estranho

Marcos Moreno / Ibitinga

Eu caminhava pelas ruas da cidade quando encontrei

Um sujeito estranho com um livro na mão, parei pra ver

Ele falava de justiça, das injustiças e coisas da lei

Achei esquisito, porém a curiosidade não pude conter.!

Parecia ele mais um morador de rua, falava da lua

Do canto dos pássaros e da luz do amanhecer

Exaltava o sol do meio dia, a chuva que caía

E também dizia do final de tarde e do anoitecer.!

Era um conhecedor, falava de amor, do cheiro da flor

Das pequenas coisas que não conseguimos perceber

Tinha olhar magnético, profundo, falava do mundo

E tudo que ainda estava para acontecer .!

Falava da ambição, da mentira, da maldade, da traição

Da solidão e do perdão que ninguém mais quer saber

Falava das guerras e da maldade em nossa terra

Que a cada dia, só fazia a humanidade sofrer.!

Percebia-se um homem sério, cheio de mistérios

Falava do adultério e dos valores que estão à perder

Falava da riqueza, da pobreza e da farta mesa

E daqueles que não tinham mais nem o que comer .!

E enquanto ele ali falava, eu me distanciava

Sem perceber eu viajava dentro do meu ser

E quando eu dei por mim, uma voz disse assim:

Obrigado filho, foi muito bom eu te conhecer.!

Um sujeito estranho

Marcos Moreno / Ibitinga

Marcos Moreno Ibitinga
Enviado por Marcos Moreno Ibitinga em 20/04/2010
Reeditado em 24/09/2011
Código do texto: T2209260
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.