CAMPOS DE GIRASSÓIS
Deixa-me apenas a herança dos campos de girassóis!.
Guarda-me, ó Deus, a suprema ventura,
durante uma tarde terna de brandura...
Só uma que seja!
- Após a aridez desolada, sem os etéreos cantos dos rouxinóis! -
Último abrigo, no vasto manto-mel sorridente!...
Dá-me esquecimento, o deleite, o sonho,
por entre o perfume, em planície silente,
sob o Sol que vence o inverno tristonho!...
E larga-me ao léu, planando sem destino!...
Sentindo o contato e o veludo da flor que reluz!
Deixa-me voar, só, apenas... sem rumo, sem pane, sem tino...
Volitando, leve, nestes brandos campos de Luz!
Eterna, infinita, contrita morada chorosa...
Enlevando a alma ao mais breve contato da rosa
a lembrar-me a dor fina do espinho...
por entre estas flores macias, que são só carinho!...
Dá-me, Senhor, após tudo, os campos de girassóis!
E consola-me a alma exausta
desta festa falsa e fausta!
É o mais lindo sonho, sob os Teus celestes lençóis!...
Deixa-me apenas a herança dos campos de girassóis!.
Guarda-me, ó Deus, a suprema ventura,
durante uma tarde terna de brandura...
Só uma que seja!
- Após a aridez desolada, sem os etéreos cantos dos rouxinóis! -
Último abrigo, no vasto manto-mel sorridente!...
Dá-me esquecimento, o deleite, o sonho,
por entre o perfume, em planície silente,
sob o Sol que vence o inverno tristonho!...
E larga-me ao léu, planando sem destino!...
Sentindo o contato e o veludo da flor que reluz!
Deixa-me voar, só, apenas... sem rumo, sem pane, sem tino...
Volitando, leve, nestes brandos campos de Luz!
Eterna, infinita, contrita morada chorosa...
Enlevando a alma ao mais breve contato da rosa
a lembrar-me a dor fina do espinho...
por entre estas flores macias, que são só carinho!...
Dá-me, Senhor, após tudo, os campos de girassóis!
E consola-me a alma exausta
desta festa falsa e fausta!
É o mais lindo sonho, sob os Teus celestes lençóis!...