O Balde
Descendo, candendo feliz
Lá vai o balde em cantilena
Soando as paredes do poço
Busca ele vazio e oco
O frescor da agua do poço
Para feliz trazer pra mim
Na subida longa do tubo
Se esforça pra não derramar
Quer ele entregar-me tudo
De beber, refrescar e banhar
Sabe bem como é procurar
O brilho noturno do fundo
Protegido do resto do mundo
Onde se esconde o doce suave
E um desejo que so ele sabe
Que so tem na agua cristalina
Igual beijo de formosa menina
Tão suave e calma verdade
A agua tem em si propriedade
De meu corpo receber ao final da tarde
E calar toda minha ansiedade.