Poesia com Alegria
Não faço poesia por alegria
Escrevo de noite e de dia
Tudo depende da imaginação
Se ela está ou não com a razão
O gênero que crio a mensagem
São emissões metafísicas
Que afundam e transcendem
A arte do que ensina o senso comum
A poesia acontece com linguagem natural
A obra vem tão sentimental
O ritmo e tom são orquestrados pelos anjos
Os maestros emitiram seus arranjos
A orquestra das palavras agrupa rudimentarmente
Minhas humildes mensagens filarmônicas
Dançam em sua alma displicente
Meus dedos, o regente, adentram com harpas sinfônicas
Derivo as cinco classes de instrumentos
Para deliciar seus anseios veraneios
Com as cordas, madeiras e metais eu pavimento
Com percussões e teclas, eu passeio
A viola é o impulso da dialética
O trompete é o primeiro artelho
O triângulo é a cartilha ética
O cravo e a flauta são tortuosos espelhos
Nessa impureza de mensagens repentinas
Despeço com o chamado de rimas
Pontualmente espeto minha esgrima
Na sua mente que lagrima