Carimbó Reticulado
Nessa rua cinzenta
Perco meus documentos
Vou aprender coisas novas
Por causa dos passados momentos
Estou num bar
Sociedade aquária
Submersa e emergida do caos
Captando tua sorte vária
Peço um gole do álcool
Ele exprime um dom do além
Pede-me poesia pura
Para explorar aquém
Fadas e duendes
Nascendo como pé de feijão
Estamos sentados na nuvem
Em meio ao turbilhão
Estamos na silhueta do acaso
Um punhado de razão
Tempera nossa arte
Em meio a luz da imensidão
Mariscos, búzios
Colorindo as faces da noite-manhã
O paralelepípedo chora
E as moças invisíveis sorriem
Finalizo com o toque do L
Ele criado ao contrário
É a senha secreta do Rutra
Que foi apedrejado com calcário