Sonho de carne e osso
Sonho de carne e osso.
Vesti de carne e osso o sonho,
E recriei na vida , a solidão.
Aquela que vive escondida,
silencioso espanto se revela.
Longínqua arte ferida em surdina tocante,
Enigmático rosto, máscaras em desalinho,
sentido por se fazer, em diálogo dis-sonante
no canto do encontro de almas.
Miragens desérticas mirabolantes
que se derramam em sombras
perdidas do ninho, bruxuleantes,
cada qual com seu caminhante,
parcos ou fartos motivos de viver.
Inesperados, indecisos,
Caminhos nunca percorridos,
Ousados, incendiados,
Intuídos por saber-se
Quem é...quem...o que...
Delírios, paisagens de acasos,
Face a face com o ocaso,
perguntas por se fazer, sem respostas.
De novo me trazem a mim
Em perplexa densidade...o ser.
Abraçada à solidão
Desvesti de carne e osso o sonho,
Se converti, recria de vida, doce ilusão,
Resistir ...Quem há de???
Coração...