Sinestesia Plena...

Todos os meus sentidos se cruzam

No sabor musical que perfuma as cores da sutileza

Onde vivo múltipla e inusitada sinestesia...

A fragrância de uma voz dourada

Propõe uma doçura cuja cálida rubescência livre sonha

Na unicidade do meu ser...

Não demorei a perceber o quão mágico é

Enxergar os calores de um som aromático e forma doce

No centro de minha secreta existência...

Numa noite de especial empatia

Meu paladar tateava a sonoridade fulvo-violácea

Do balsamo intuitivo que me fez tanger um sexto sentido...

Analogias entretêm em unidade o sumo da minha esphæra sensciente

Na olfação que vibra em carícias de vistosas symphonias

A emitir emoções de índigos gostos marítimos...

Ao provar da obscura tristeza do amargor

Desagradou-me a aspereza de um fétido estampido...

Assim quis somente permanecer na quintessência dos sentidos...

Da sensível consonância ao elemento de sua orbe real,

À comunicação ætéreo-imaterial expande enérgica mansidão

Na precognição que me convida a uma sinestesia extra-sensorial...

Sonho odorífero qual rubificado vibra em táteis e audíveis telepatias,

Quando ecoa no tépido brilho de suas palatosas harmonias

Liquefazem-me no Universo da Sinestesia...

Giuliano Fratin

Giuliano Fratin
Enviado por Giuliano Fratin em 05/12/2017
Reeditado em 05/12/2017
Código do texto: T6190521
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