Amarguras de Um Solitário

Sou flagelado pelas emoções

Pelas desilusões de ontem e de hoje

Estou fatigado não pelo desejo de amar

Mas sim pela solidão imensa

Que me recobre ardentemente.

Assim são meus dias fugazes

Pelas ações não-cometidas

Pelos sonhos não-lutados em mim

Estou cansado das minhas noites

Algozes nas noites sublimes.

Sou desse jeito perdido em mim mesmo

Pelas cadencias não-ditas

Pelos sorrisos não-correspondidos

Estou faminto pelo encanto pueril

Dos fantasmas de minha infância.

Andei muito desolado

Pelas saudades que esvaziam

E preenchem-me de dor

É um frio sepulcral que não passa

É um ser novo que nasce:

São meus desencantos e insônias em viver!

Em outras manhãs que não passam

Acordo estonteado de remorsos

De sentimentos que não cessam

Não param de me martirizar e afugentar

São tormentos criados pelo impulso.

Sou um andarilho desumanizado

Prestes a esconder-me no precipício mais fundo

Que são minhas razões não-refletidas

São as resignações pelo teu toque

Pelas migalhas de amor que não - ofereces.

Estou louco pelo fato que ainda não existe

Apenas o decifro dentro de mim

E não faço escolhas só sinto tormentas de ânsias

Que me perseguem e me aprisionam

Que me olham e me condenam sem clemência.

São tuas descrenças que me aborrecem

É um desassossego que não passa

Que me maltrata e que me seduz

Mas que carece de um anseio sensato

Pois me criam feridas incuráveis e nem percebo.

As dores que estão em minha alma

Resvala um perfume especial

Que me castiga no silêncio de meus atos

Mais ganidos de paixão a flor da vida

Que destroem as minhas derradeiras expectativas.

Por ti tenho chorado em pesadelos

Em cada vão instante que instiga a falar contigo

Os meus olhos estão paralíticos

Porque te vêem e te querem em apenas um lapso:

De ternura que não se acaba, de saudade e afeto.

Jeimes Paiva
Enviado por Jeimes Paiva em 09/06/2008
Reeditado em 09/06/2008
Código do texto: T1027063
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