A MaiS dOce SinfOniA
O olor primaveril evolava das madeixas dela tal qual os primeiros sinais luminosos da manhã emanavam do firmamento. Logo a florada despertava, alindada pelo esplendor da sua comparecência, tornando os jardins mais viçosos e iridescentes. Igualmente, o deslumbre do arco multicor no céu era efeito da sua graça. Do seu gracioso e inolvidável sorriso. Dos seus olhinhos cintilantes e inspiradores do alegro dos pássaros. Da sua ternura e meiguice, serventias da salutar brisa campestre. Tão logo a avistava, o Sol desabrochava-se fulgente, as nuvens moldavam-se suntuosas. E o dia, mais belo nascia.
Os gramados eram mais verdes, para repousar as vacarias. Os poetas, mais afortunados, para fazer dos versos melodias.
Os lagos eram mais vistosos, de marrecos e Marias. Os mancebos, mais enamorados, recitando poesias.
As veredas eram tapetes onde se podia trilhar. As árvores, sombreiros pro matuto descansar.
Os céus eram mais azuis para parecer o mar. A vida, mais vivida por quem vivia a cantar.
E se a vida era canto, e o canto, melodia,
Ela era a mais doce sinfonia.