Lua Cheia

Vejo a lua cheia. Senhora suprema da noite. O olho brilhante que vigia a tudo e todos. Olha agora para os filhos dos antigos homens das eras passadas. Amaldiçoa e abençoa as criaturas da noite. E penetra com olhar profundo os que estão a procurar um dragão. Senhora suprema da noite, ilumina trilhas e economiza madeira. Apenas diante dela não se usam fogueiras, nem mesmo as mágicas que poupam árvores e queimam por várias gerações. As gerações passam e ela permanece em seu ciclo eterno. Em círculo lobos e primos distantes ou próximos cantam para a sua senhora. Em um novo ciclo canções serão feitas para sua homenagem. Nos eternos ciclos de homens e criaturas, lobos e primos, melodias e ritmos, olhos e noites, a vigia incansável observa tudo. Lua cheia que por momentos tende a minguar em um ciclo que sempre se renova, assim renovam-se também as guardas de várias em uma apenas. Renovando sonhos e visões plenas, está lá a senhora sempre pronta para ver e ser vista. Assim vejo a lua cheia.