As lágrimas escorrem pelo lado de fora da janela. As lembranças escorrem pelos poros. Odeio a chuva. Amo a chuva. As nuvens passaram carregadas pelo mensageiro que sopra. O que houve com os olhos de reticências? Há pouco tempo, medo... depois, reticências. Agora, só olhos. Fitando o baixo, sapatos enlameados e pouca alegria. Fitando o meio, calça enlameada e certa nostalgia. Fitando o peito, um buraco que só os olhos podem ver. Ficando nos olhos que nunca chegam em um ponto final. Falta o senso e a moral, afinal. Falta a máscara que era só estilo e transparência. Falta a subida e a consciência. Faltou olhar para os olhos que estavam abertos, te guardando e observando, sempre. O verão torra a paciência. O pouco vento traz muita saudade do regente tempo. E o tempo apenas passam. Escorrem as lágrimas pelo lado de fora do corpo.