Esse eu realmente digo "sai escrevendo...escrevendo... e deu nisso". Os entendidos que expliquem...foi uma espécie de transe!? Enfim, tá aí embaixo.


"Um ano se passou", e esse querido diário está quase completando um ano também. Caramba... quanto eu escrevi heim... Falei um monte de metáforas, expus um monte de teorias estranhas, terminei de escrever um livro sem noção... e outras coisitas mais que são informação confidencial. Ver tudo passando como um filme no fim ano tem vantagens e desvantagens, como tudo o tem. Ano que vem, os elos criados serão reforçados, os elos partidos talvez sejam reatados. Projetos retomados, promessas cumpridas [ nem todas]. Que venha a tão sonhada, falada, amaldiçoada e abençoada faculdade. Que venha o que tiver que vir. Que vá o que tiver ir... que vá quem tiver que partir, que parta, se quiser. Não devemos esquecer de que quando partimos, sempre arrancamos um pedaço a mais ou a menos com a nossa mira defeituosa e humana. "Humana", subtende-se o defeituosa... que venha mais destruição, por que os humanos não conseguem parar. Que apareçam mais pessoas "acordadas" em um mundo cinza onde a massa dorme tranquila e muitas vezes morre dormindo, por asfixia de fumaça, cinzas, ideias retorcidas e retrógradas. Por claustrofobia em uma mente onde eles próprio se trancaram. Que venham novos tempos, novas alegrias e tristezas e mais coisas para se aprender. Que apareça o preenchimento dos vazios, o silêncio das pausas, as notas da sinfonia eterna de dores e cores mundanas, insanas, estranhas. Que apareçam estranhos enigmas a ser decifrados...que venham os fatos, pois sonhos, já os tenho. Que apareçam os pervertidos e digam, "quando o amor tá foda, o jeito é apelar pra putaria", que alguém disso ria, pra não deixar o rio sem esposa. Que a vaquinha ache o riso engraçado e alguém o transforme em maléfico por pura brincadeira. Que as coisas sem eira nem beira sigam o roteiro improvisado e previsto. Que tudo seja revisto no final, como um filme. Como um livro que precisa ser revisado, onde os erros precisam ser identificados. Que os calos não sejam pisados, que os gritos de dor venham para alguém aparecer e estender a mão com um sorriso. Que a chuva caia, que os pobres humanos que não a entendem não corram, por pelo menos uma vez. Que a sintam, revigorante, mágica, trágica e melancólica, mas suprema em seu momento de lavar montanhas de pecado. Erosão aos pedaços, a única que é benéfica. Que amigos dividam fardos, pois segurar tudo sozinho é paranoia dos falsos sãos. Loucos são aqueles que os dividem, e tem sorte por ter alguém para realmente dividir consigo. Alegrias que se multiplicam, tristezas que se dividem até sumir. Que o ciclo se renove, mas não seja igual ao anterior. Que venha 2011, e como dizem os poetas do reggae hippie e rima, cheio de paz e amor.