Meu anjo sem asas

Sem asas.

Cem asas arrancadas de tuas entranhas me servem de cama. A lama de tua podridão me veste de lençois de seda suja. Tu caíste em mim há séculos atrás, eu desabo em ti sempre. Sou devaneios e ninguém, teu nada que para ti é tudo que tens. De onde vens eu fui cajado e tu apoio, nós somos dois mancos nos fins dos tempos. Nossos flancos ainda teriam alguma força pra respirar...assim...se não inspiráremos a treva pura? Ins...ai ai...se nós a sós dentro de nós pirássemos...é o que deveríamos fazer. É o que nos imploramos, quando enchemos os pulmões de nós mesmos um com o outro. A dor disso só os possuidores da desgraça conhecem.

Dija Darkdija

Dija Darkdija
Enviado por Dija Darkdija em 07/01/2012
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