Pratos escorrem na pia

Pratos escorrem na pia, terminou de comer o jantar. Esqueceu aonde ia, foi para o baile dançar. Cada dia uma novidade, cada momento uma experiência e se com o auxilio da ciência fez um novo movimento é por ele que acorda e pensa, qual foi mesmo a lição? Há em cada descoberta um pouco do meu coração.

Ouço o pio da coruja, acordo e vou urinar. É o aviso que o dia vai me trazer alegria e vou ter algo para atinar. Busco o silêncio de outrora e encontro a harmonia de sempre e se o pensamento demora, fico parado no tempo. Fico parado no tempo e deixo o tempo correr, pois ele é mais que um momento, é o verbo ser.

Sinto os raios do sol, sinto os pingos da chuva é casamento de espanhol, chuva com sol, sol com chuva. E assim vou versejando, buscando um sentindo para tudo. Mas nem tudo tem um sentido, dentro daquilo que conheço e se mereço resposta, a resposta logo vem, mas se não tenho direito, respeito a autoridade do Ser.

Terminado o tempo do dia, vem a noite me acalmar. Entrego-me de corpo ao leito, e faço tudo bem feito para não ter que acordar. Sou uma alma inteira, estou de corpo e alma. Penso como um pensador. Imagino o mundo assim e sou como um curumim, que com tudo quer brincar. Sou eterno na Vida e sou findável no mundo.