Fluindo o verbo - Entre o sonho e a lucidez

Deixo fluir o sentimento em mim e me inspiro naquilo que sinto. É como se a aragem da vida que passa por mim fizesse uma breve pausa antes de prosseguir. Nesta pausa que faz a aragem eu colho a poesia que dela despetala suavemente para cair perfumada dentro do meu coração e assim eu depois de receber, ofereço.

Ofereço de mim o sentimento que borbulha, usando o mote que vibra na minha devoção para tocar o coração de toda gente. Escrevo então da poesia, na sinergia daquilo que manifesto a partir do pensamento, que recebe de dentro de minha alma, aquilo que sou e é neste se mover que acontece o estado onírico, desperto, aqui!

Aqui, entre a lucidez e o sonho, neste estado que alguns chamam de alfa, mas que é para mim o estado de alma é que eu recebo aquilo que escrevo. Aqui eu me faço luz tão intensamente, que ilumino até mesmo o escuro e a forma daquilo que registro, pois aquilo que verbalizo é parte do que vem do íntimo, na eternidade, agora.

Agora solto o verbo, na acepção mais clara da palavra e o deixo seguir o seu próprio caminho, pois ele, como um filho é dono do seu próprio destino e foi criado para abençoar a todos que cruzarem o seu caminho. A palavra expressa em cada momento o sentimento daquele que a recebe em várias matizes e prismas que se convertem.