FORÇANDO A BARRA

O calendário não para,

o relógio inconteste marca implacável cada segundo, meu...

Meu tempo se esvai

já nem sei se quero chegar ao meu destino

o que diria quando lá chegasse...como seria eu recebida ?

o tempo marcou

vincou, minha roupa indelével

apagar as marcas deixadas, sei que não posso...

o vento esparramou a poeira encobrindo as marcas deixadas

por onde eu passei...

sem estas marcas, me perco me busco por entre

os lanhos e ranhos, deixados por outros andantes...

minha identidade, se perdeu no tempo e espaço

me procuro no canto da corruíra, no voo da borboleta azul neon,

na estrada de chão batido de terra vermelha

no olhar de quem vi partir, querendo ficar.