O RITO DE MAYA

NO LABIRINTO DA EXISTÊNCIA VIVE O TEMPO

O TEMPO PRESENTE... E O QUE PASSOU...

AMBOS AUSENTES NO TEMPO FUTURO.

O TEMPO ESPIRALADO NO FUTURO, CONTIDO NO PASSADO

TRAZ EM SEU COLO A VIAGEM DA MORTE.

QUE MOVIMENTA A VIDA, A INEXISTÊNCIA...

NO ESPAÇO ESTRELADO

ENTRE A PROA E A POPA DO NAVEGANTE

QUE PERSCRUTA NAS CONSTELAÇÕES:

CADÊ O ROTEIRO?

OUTRORA ESQUECIDO...

PERDEU-SE NO ANSEIO DE DOMÍNIO

SOBRE O ABSOLUTO QUE IMAGINAS SABER,

DIANTE DAS SENSAÇÕES OBTIDAS NESTA VIAGEM.

SER ATOLEIMADO!

SÃO SÚBITAS REAÇÕES SEM PASSAGEM...

ATOS TOSCOS DAS SEMI-AÇÕES,

NO IMAGINÁRIO DO TEU QUERER.

SEM O ELEMENTO VERTICALIZADOR DA CONSCIÊNCIA...

O QUE VÊS SÃO ESBOÇOS, UM REFLEXO DISSONANTE

DE UMA REALIDADE SINGULARIZADA NO TEU OLHAR.

É O SABOR IMPRESSO, FABRICADO...

QUANDO MORDES O VERMELHO DA CEREJA...

E O SUCULENTO ESCORRE NO MACIO

DA ROSADA CARNE.

ASSIM, NO LÁBIO ADORMECE TODA A VIDA

CONTIDA NAS SENSAÇÕES DA MORTE.

POR ACASO... NÃO SERÁ ESTE O ESTEIO

DAS LAMENTAÇÕES HUMANAS?

QUANTA PERTINÊNCIA!

POIS, DIARIAMENTE HABITA EM “MAYA”

TODO O TEMOR DO AUTO-ENCONTRO

QUE SEGREGA A VIDA

NOS CAMINHOS EGÓICOS

DO SONHADOR.

Seilla Carvalho
Enviado por Seilla Carvalho em 21/04/2008
Reeditado em 10/10/2013
Código do texto: T955386
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