Existência Eternal

A morte é apenas uma parte do ciclo natural da vida, jamais um castigo, assim como a vida é apenas uma manifestação do espírito em corpo, nunca um prêmio. Tolo é aquele que deseja viver mais do que lhe é determinado ser, é como o prisioneiro que se deleita com as horas que passa no recluso e deseja manter-se assim por receio da liberdade.

A vida é para a alma uma possibilidade de correção e evolução. Um trabalho que deve ser feito com esmero para que possa galgar pontos mais altos de consciência e entendimento da lida no eterno que a tudo habita. Por isso, devemos viver com o máximo possível de probidade sem nos apegarmos a nada no orbe, pois tudo é finito e temporal.

A morte tranqüila deve ser encarada de uma forma feliz, pois ela é o prêmio bem merecido de descanso dado àqueles que fizeram o seu labor com esmero e boa vontade. A alma quando se liberta do corpo deve ser acompanhada com música suave e versos de louvor, para que estes sejam para ela o amparo a paz e a saciedade em seu retorno ao lar.

Devemos jamais procurar os sinais de merecimento nas aparências da vida, pois estes se dão dentro da alma de cada um, ficando o julgamento de nossos prêmios ao Pai que a tudo observa. A justiça do mundo orbita apenas no seu julgamento mundano, conseguindo de forma nenhuma alcançar as gravas e o louvor da existência eternal.