As quatro visões

Há vinte e três anos atrás eu passava por uma grande dificuldade pessoal e, por mais que eu meditasse as coisas só pioravam, a luz que sempre me acompanhou fenecia lentamente e eu me sentia pior a cada dia. Nesta época eu comecei a ter umas visões espirituais, que alimentam a minha alma até hoje.

Na primeira das visões, eu me via embaixo de uma bica d´água e esta água lavava o meu cérebro, que estava em minhas mãos, tirando dele todas as impurezas até que só saia uma água clarinha, como água de ferida quando começa a cicatrizar. Esta visão durou o período de sete dias e dela eu fui para outra.

Na outra visão eu estava deitado dentro de um rio e este rio lavava o meu corpo inteiro. Eu estava com a cabeça voltada para a nascente e os pés para a foz. Eu tinha que estar bem relaxado internamente, senão o meu corpo afundava no leito do rio. Fui purificado nestas águas também por sete dias e passei para outra visão.

Na terceira visão eu estava deitado na praia do rio e algumas entidades, que esqueci o número, todas vestidas de branco e com um capuz me passavam umas esponjas sobre o corpo, como se estivessem me curando de alguma coisa. Esta visão também durou sete dias e depois dela veio a última visão desta seqüência de quatro.

Na última visão eu estava sentado na pose de lotos e tinha uma mão sobre a minha cabeça, transmitindo energia para o meu corpo. Passou também sete dias e nunca mais eu tive qualquer visão neste sentido, bem como nada de parecido se manifestou em minha vida, mas eu me senti como se tivesse renascido.
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Ricardo Steindorfer Proença