Sonhos Desfeitos


Colhi umas rosas vermelhas
Para enfeitar o nosso leito
Percebi que já muito tarde
Vi todos os sonhos desfeitos


Apaguei a chama das velas
Que velavam nossa solidão
Embora juntos dois corpos
Distanciados os corações


No Leito cheirando saudade
Senti vidas que se perdiam
Pranteando as almas de dor
Perdidas sem luz ou fulgor


As minhas rosas vermelhas
Desbotaram com o prantear
Restaram as pétalas caídas
Dos sonhos de nossas vidas


(Ana Stoppa, 23.06.2011)

Agradeço ao Mestre Miguel Jacó
pela interação.

23/06/2011 22:13 - Miguel Jacó
Quanta dor esparramada,/Em um leito conjugal,/Consciências perturbadas,/E a falência de um casal.//Boa noite Ana, meus parabens pelos seus instigantes versos nesta narrativa de uma personagem abalada com o naufrágio de uma relação afetiva que sempre pareceu-lhe sólida. MJ.
Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 23/06/2011
Reeditado em 24/06/2011
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